sábado, 4 de abril de 2015

Reconhece a queda, e não desanima
levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!”
(Paulo Vanzolini – Volta por cima, 1960)

Por: Chico Alencar





1.  Rachaduras no mundo do Capital

A mais recente crise do capitalismo não desmontou o modelo neoliberal, embora tenha abalado seus alicerces. As “saídas” não foram originais: despejo de dinheiro público nos cofres do sistema financeiro, seguindo a lógica de privatização dos lucros e de socialização dos prejuízos. Como define Noam Chomsky, o capitalismo termina por se afirmar como um “socialismo dos ricos”.

Reconhecer que o neoliberalismo entrou em declínio não é a mesma coisa que concluir que a crise derrotou a burguesia. Apesar desta curva descendente, a burguesia segue ativa, na ofensiva e disposta a tudo para “salvar” o sistema do lucro como meta, da competição como estímulo e da depredação do ambiente natural e dos direitos dos trabalhadores como resultado. Um outro sistema que organize melhor a vida humana segue sendo necessário, urgente e possível.

No Brasil, os governos Lula, Serra e Aécio despejaram 8 bilhões de reais em ajuda a montadoras de automóveis sem nenhuma contrapartida social, como garantia do emprego, ou ambiental. Lula reverbera seu suposto acerto ao anunciar apenas uma “marolinha” por aqui: o crescimento do emprego formal, em agosto (242 mil novos postos de trabalho), foi o maior dos últimos 17 anos, em um mês, mesmo longe de cobrir as 800 mil ocupações laborais destruídas entre novembro e janeiro passado.

As crises não apontam, por si mesmas, caminhos progressistas de resolução. Prever maiores enfrentamentos e conflitos de classes não significa acreditar no desenvolvimento natural de uma saída mais à esquerda.

O novo momento, embora favoreça, pela dinâmica de conflitos já iniciada, a atuação organizada da classe trabalhadora na defesa de seus direitos, não significa que está dada de antemão uma mudança na correlação de forças entre as classes a nível mundial. Por outro lado, a recessão joga a favor de políticas defensivas e de colaboração.

A situação de derrota desenhada, a partir de fins dos anos 70, pelos brutais cortes de direitos, informatização, desorganização, cooptação das lideranças, retrocesso na consciência classista dos trabalhadores e nas organizações socialistas, resultantes da ofensiva neoliberal, não foi superada por nenhum lance decisivo.

A hegemonia do Capital e dos seus aparelhos de produção do imaginário social – que já proclamam o fim da turbulência – segue firme. A luta pela hegemonia ideológica e a revolução social continua sendo uma luta de longo prazo.

2. O apogeu do “lulismo”

Há um centro hegemônico na política brasileira, que necessita dessa polarização de assemelhados – amplamente repercutida pela mídia grande: PT e seus aliados governistas X PSDB e seu entorno “oposicionista”.

O governo Lula, porém, não é idêntico ao de FHC, cuja era foi marcada pelo avanço neoliberal privatizante puro e duro, característico dos anos 90. O período Lula, com sua escolha de conciliação com setores dominantes, na política e na economia, e de políticas compensatórias – e não emancipatórias – para os dominados, desmobilizando forças sociais de mudança, é caracteristicamente social-liberal, arrimado na grandiosa popularidade do líder maior.

Lula se construiu como a maior liderança operária da história do país. Seu papel e influência, frutos de duas décadas de lutas, das quais foi o principal dirigente, mantém força, que é utilizada para evitar os enfrentamentos e passar sua política. Esta é elogiada por grandes empresários – “Lula salvou o capitalismo”, exaltou Delfim Netto, recentemente – e pelo imperialismo, e veiculada para a massa popular pelo forte simbolismo de “um de nós”, um “Silva”, um “ex-pobre”.

Beneficiadas com cargos e verbas, centenas de direções sindicais, nas principais categorias, funcionam como correias oficialistas de transmissão. A força do atual governo e sua capacidade de aglutinação social deve-se muito mais a políticas compensatórias e localizadas do que a mudanças estruturais. Falta um polo aglutinador, social e político, capaz de ocupar o espaço no debate do enfrentamento da crise a partir de uma perspectiva de esquerda.

O giro à direita do PT não foi um raio em céu azul, mas se desenvolveu na esteira de um longo período de refluxo da ação de massas no Brasil e de derrota e defensiva da ideologia socialista no mundo. Assim o “lulismo” ganhou para seu projeto – ou pelo menos conformou neste seu novo programa pós chegada ao Planalto – uma parte considerável de sua base social. Esta mesma base perdeu força ideológica, com a “peemedebização” do PT, e se ampliou para setores mais despolitizados. Neste cenário, o efeito do atendimento de quase cinquenta e três milhões de brasileiros pelo bolsa família, com perspectiva de atingir um em cada três brasileiros em 2010, é considerável.

Ainda que a aliança de Lula com a degeneração política representada por Renan, Sarney e que tais traga algum desgaste, sua força permanece incontrastável. Ela é cimentada por um processo social que levou mais de 35 milhões de pessoas a ultrapassarem a faixa da grande pobreza no Brasil nos últimos 40 anos. O ‘milagre econômico’ da década de 70, o aumento do nível educacional, o fim da inflação, os programas de transferência de renda, a redução da fecundidade e a valorização do mínimo fizeram a parcela dos muito pobres baixar dos inacreditáveis 68,4% da população em 1970, com 61,1 milhões de marginalizados, para 14,1% – 25,5 milhões – nos dias atuais.

Esse número poderia ser bem menor se não fosse a persistência da verdadeira chaga da sociedade brasileira: a extrema desigualdade de renda e a pequeníssima mobilidade social.

É fácil perceber isso nas estatísticas. Enquanto 1% mais rico, que está em 560 mil domicílios, detém 12,5% da renda familiar, os 50% mais pobres, que representavam 28 milhões de domicílios, ficam com apenas pouco mais: 14,7% do bolo. Em 1970 a renda dos mais ricos equivalia a 2,83 vezes a dos pobres. Em 1980 subiu para 5,2 vezes. Desde 2001, porém, esse abismo vem se reduzindo, lentamente, 0,7% ao ano. Em ¼ de século, a continuar esse ritmo, teremos um padrão social similar ao do Canadá hoje.

Ressalte-se que, como sempre lembra o próprio presidente do IPEA, Marcio Pochmann, as pesquisas aferem apenas a desigualdade de ganhos entre os assalariados, não levando em conta as rendas do capital, como juros e lucro. Diz ele que “a parte da renda dos verdadeiramente ricos afasta-se cada vez mais da condição do trabalho”, isto é, incorpora ganhos derivados da propriedade, como ações, títulos, terra etc. Nesse sentido, o desnível
capital/trabalho não diminuiu no Brasil, ao contrário.

Dados do PNAD/IBGE de 2008 confirmam que o país está mais urbano (83,5%), iluminado (98,5% dos domicílios), (des)informado (95% com TVs e 88% com rádios nos lares), idoso (73 anos é a média de vida) e demograficamente equilibrado (média de menos de 2 filhos por casal). Mas o Brasil está também mais violento, com mais evasão escolar (e persistentes 10% de analfabetos adultos), com 47,5% das casas sem ligação com rede de esgoto e com 23,8% já com acesso à internet.

O Correio da Cidadania fez, em 16/9/09, instigante comentário sobre essa dinâmica: “a evidente viabilidade do modelo primário-exportador (tanto do lado da demanda externa como das potencialidades de oferta da economia nacional) traduz-se na possibilidade de um ritmo de crescimento econômico insuficiente para assegurar a justiça social, porém suficiente para incorporar crescentemente alguns setores da massa num nível de consumo baixo, mas superior ao que estavam acostumados. O resultado óbvio desse processo é a legitimação do modelo e do regime”.

3. A classe e sua diversidade

A superação da desigualdade entre as classes no mundo contemporâneo está marcada pela dimensão multifacetada e complexa do sujeito revolucionário, simultaneamente econômico, social, cultural, ideológico e político. Este sujeito plural está desafiado a responder demandas, competências e identidades, nacionais, regionais, ambientais, étnicas, de gênero, religiosas etc. Nosso principal desafio é captar a síntese deste novo momento e a ele conferir radical dinâmica político-mobilizadora do povo explorado e oprimido em torno de um projeto político para o Brasil, além de re-significar o ideário socialista no plano mundial.

Uma resposta consistente, de esquerda, frente à atual crise econômica, financeira, social e ambiental deve apontar para outro modelo de desenvolvimento da sociedade. Deve incluir uma nova matriz energética, limpa e segura, que colabore na alteração do modelo industrial e de transporte. A socialização dos meios de governar é outro imperativo. Há, na atual conjuntura, mais espaço para o debate de alternativas ao capitalismo.

Mas o que prevalece hoje, após os anos de desregulamentação neoliberal, é a fragmentação. Houve uma queda, nas últimas duas décadas, do número de trabalhadores sindicalizados. Durante o governo Lula não houve nenhum plano de lutas unificado, tampouco uma paralisação nacional de categorias.

O crescimento da miséria e da insegurança nos grandes bolsões de pobreza tem consequências como a epidemia do crack. Este fato terrível, que amplia o poder despótico do narcotráfico, e, por outro lado, a multiplicação de forças paramilitares nas favelas – milícias controladas pela direita corrupta – são fenômenos novos que atrapalham a retomada de lutas e a organização popular.

A reorganização dos movimentos populares implica em recuperar, reconstruir ou incentivar o surgimento de instrumentos de frente única, plurais e unitários, e defender e apoiar a construção de ferramentas político-partidárias anticapitalistas.

A mítica “classe”, tão citada em nossos discursos, precisa ser melhor conhecida, sem o que o nosso enraizamento social, ainda precaríssimo, será inversamente proporcional às nossas proclamações baluartistas. Segundo os dados mais recentes do PNAD, o Brasil tem 98.716.000 trabalhadores formais e informais, com renda média de R$ 956,00. Assim distribuídos:

1) O setor de Serviços ocupava 37,7 milhões de pessoas em 2007, 41,6% da população ocupada, 1,9% a mais que em 2006. O serviço doméstico, incluído nesse grupamento, correspondia a 7,4% dos trabalhadore(a)s.

2) A Atividade Agrícola é realizada por 16,6 milhões de trabalhadores, 18,3% do total da classe trabalhadora. Este setor tem tendência de redução (4,0% no contingente de pessoas ocupadas em relação a 2006). Apenas na região Centro-Oeste não houve redução desse segmento.

3) Comércio e Reparação/Consertos alocavam 16,3 milhões de trabalhadores, 18% da população ocupada. Tem havido um acréscimo em todas as regiões.

4) A Indústria incorporou 13,8 milhões de pessoas, 15,3% da população ocupada. Quase todas as regiões apresentaram crescimento, exceto a Norte.   A construção também apresentou aumento de 4,6% no número de ocupados e correspondia a 6,7% do pessoal, em 2007, no país. Foi verificado aumento desse contingente em todas as grandes regiões.

5) Funcionários Públicos (incluindo militares) representavam 6,8% da população ocupada em 2007, o que correspondia a 6,2 milhões de pessoas.

4. Nosso rico projeto em risco

Partidos, governos e parlamentos são, cada vez mais, “organizações totais”, empresariais, baseadas na “lealdade” ao poder dominante e na “competência” da vitória a preço caríssimo, sem escrúpulos. A política, assim privatizada, torna-se um aparato burocrático, com um corpo de funcionários despachantes do Capital, sedentos por propinas e famintos de perpetuação. O povo, nesta concepção predominante, é mera massa de manobra legitimadora desse estamento corrupto, a “classe política”, e seus aparelhos, os partidos, máquinas de captação de votos. O PSOL rejeita essas formas predominantes da pequena política, avessa à ética do bem comum.

Pelo tamanho e pelas diferenças regionais do Brasil, a liderança da movimentação popular organizada em direção a uma nova sociedade será necessariamente plural e partilhada, em ampla frente de esquerda de organizações – sociais e partidárias – de diversos níveis e naturezas ainda por se constituir. Nesse sentido, o PSOL deve estar comprometido com uma interlocução permanente com os vários setores sociais.

O PSOL tem ainda pouco peso estrutural e orgânico. Mas a influência do partido em alguns setores sociais de massas indica que podemos cumprir um papel objetivo e mudar a realidade, se atuarmos com vontade. Devemos também nos postular como elo de lutas diversas e hoje dispersas sem conexão entre si, quase sempre distantes e com direções burocráticas e acomodadas, como a CUT, ou pequenas, pouco representativas.

Também na institucionalidade nossa presença, mesmo minúscula, faz a diferença, traz dissonâncias, reverbera o clamor popular contra a corrupção sistêmica e denuncia acordões entre os partidos grandes, servidores do Capital e acometidos de “nanismo” moral: nos parlamentos, somos quase irrelevantes, mas necessários!

Nosso partido não terá futuro como aparelho de dogmas dirigido por tendências fechadas e sectárias, que se autocomprazem em controlar a máquina, fascinadas pela luta interna, autofágica, insensata, cada vez mais distante da vida real do povo. Temos que nos tornar um partido com correntes, mas não de correntes.

Somos uma busca de alternativa partidária num tempo contraditório e de forte indução à despolitização, isto é, à autonomização da política como atividade dissociada dos conflitos e anseios da sociedade real. Distopia e não utopia.

Se a classe trabalhadora modifica-se, sua expressão organizativa também se transforma. A luta pela sobrevivência, seja referenciada pela terra, pelo emprego, por experiências de economia alternativa, sustentável e solidária, por moradia, por expressão cultural própria e mesmo por um pedaço da calçada para vender seus produtos, pode adquirir um caráter de luta direta contra os interesses capitalistas monopolistas.

Ao partido, se tiver responsabilidade política e quiser sair do internismo estéril (e, por vezes, histérico), cumpre a tarefa histórica de introduzir um tom qualitativamente diferenciado aos enfrentamentos cotidianos, reveladores de que o pulso ainda pulsa.

5. 2010: sol brilhando ou eclipse?

Mantida a atual debilidade e atomização das lutas populares, a disputa eleitoral nacional do ano que vem deverá ser o fato político mais mobilizador da conjuntura. Para nós, o cenário tende a ser pior que o de 2006, mesmo sem Lula, pela primeira vez desde o restabelecimento das diretas, em 1989.

Permanece um sistema eleitoral antipopular, no qual as maiorias sociais não se tornam maiorias políticas, e estão mantidos o financiamento privado e abusivo de campanha, o voto de clientela e outras cláusulas de barreira.

O PSOL, ousada e incipiente construção originária do repúdio ao transformismo conservador do PT, não conseguiu, ainda, aglutinar a esquerda e quebrar o grave quadro de desencanto com a política. Talvez tenhamos perdido um pouco da nossa atratividade.

Há mesmo uma crescente naturalização da corrupção. A indignação com o ‘mensalão’ e outros procedimentos espúrios, além dos questionamentos ao continuísmo da política econômica ortodoxa do ajuste fiscal e do superávit primário, arrefeceram.

A “oposição” (sempre no singular) visível e destacada pela mídia grande privada é a demo-tucana, de direita. Em vários embates a pseudo-polarização que agrada o sistema coloca o bloco PT/PMDB e caudatários (PTB, PP, PR…) no campo da “esquerda”, como nos debates do Pré-Sal. Lula, com o PAC e o “Minha Casa, Minha Vida”, poderosas alavancas eleitorais, é o “avanço possível”; fora dele só há regresso ao privatismo máximo e ao estado mínimo, reza o senso comum de amplas parcelas, até progressistas. Para elas, o que vem de Lula é sempre aceitável e justificável.

Reconheçamos também, com realismo, que, se não conseguirmos construir as condições políticas para garantir a candidatura Heloísa Helena à presidência da República, não seremos mais vistos como portadores de um projeto alternativo de Nação. Na percepção popular estaremos fora da disputa real do poder político em 2010. Por mais que elaboremos, como o faremos, um programa de esquerda para o Brasil, e por mais generosa e combativa que seja uma candidatura própria, e nossa pequena militância, dificilmente produziremos a agitação e a adesão de 2006.

Em política, espaço vazio é espaço logo ocupado por outro. Um fato novo, nas tratativas para a disputa de 2010, foi a saída de Marina Silva do PT e sua filiação ao PV. Como ponderam diversos camaradas e mostra a realidade, sua candidatura, se confirmada, deverá atrair setores preocupados com o meio ambiente, descontentes com a corrupção, à direita e esquerda (como HH, em 2006), uma juventude “potencialmente ecológica”, além de parte dos movimentos sociais que sempre orbitaram em torno do PT.

Considerarão vários segmentos, até então sensíveis às nossas propostas, que um eventual governo de Marina, ao menos do ponto de vista ambiental, não seria a mesma coisa que um de Serra ou Dilma, insossos nomes do oficialismo dual, mesmo com as contradições que o seu projeto em gestação tem hoje. Seria um governo ainda atrelado às impossibilidades do Capital em resolver definitivamente a crise ambiental planetária, mas, provavelmente, mais voltado para as necessidades de preservação dos biomas, de descarbonização da economia e de interlocução com os movimentos sociais. É preciso, com urgência, dialogar com esses setores a partir de balizas programáticas, reconhecendo o forte apelo que a trajetória emblemática de Marina – não do seu “furtacor” PV – causa.

Neste cenário possível e complexo, com nosso nome com maior visibilidade pública nacional disputando, legitimamente, uma cadeira no Senado por Alagoas, precisaremos, ainda que sempre sonhando alto, ter os pés no chão: do ponto de vista eleitoral, institucional, o PSOL será um partido de resistência parlamentar contra a hegemonia capitalista. Os poucos mandatos legislativos que conquistarmos no Congresso Nacional e nos estados, e isso só com muita presença militante na rua, serão instrumentos da organização popular, do crescimento do nosso engajamento social, ainda tão precário, e da reaglutinação da esquerda autêntica. Quadra de resistência, patamar de sobrevivência.

Tempos difíceis se avizinham para o PSOL. Pessimismo? Fiquemos com o patrício José Saramago: “não sou pessimista, a situação é que está péssima…”.

Enxergar, analisar, agir. Manter acesa a chama: o PSOL segue sendo imprescindível. Dar a volta por cima, pois sem utopia não se vive e a prática política se corrompe. A palavra, profética, vem do coração do Brasil, de São Félix do Araguaia, de nosso irmão Pedro Casaldáliga:


“Nós nos negamos a renunciar a estes sonhos mesmo quando possam parecer quimera. Ainda cantamos, ainda sonhamos. Com humildade e coragem, tentaremos vivê-los no dia a dia de nossas vidas. Seguirá havendo crises, (…) mas não faltarão as campanhas universais de solidariedade, os Foros Sociais, as Vias Campesinas, os movimentos populares, as conquistas dos Sem Terra, os pactos ecológicos, os caminhos alternativos de Nuestra America, as Comunidades Eclesiais de Base, os processos de reconciliação entre o Shalom e o Salam, as vitórias indígenas e afro. E em todo o caso, mais  uma vez e sempre, eu me atenho ao dito:  a Esperança! “.

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